sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Que dia cinzento está lá fora. Estou deprimido e não é culpa da ventania nem do barulho da chuva que bate na janela. É por culpa tua, minha pequena. Roubastes meu coração e fugistes com ele para o horizonte, escondendo-se com o pôr-do-sol. Mas esqueceu-se de uma coisa: ainda sem coração, sou cheio de sentimentos por ti. Isso está corroendo-me a alma, dói. Está frio, você bem que poderia voltar para mim. Eu te aqueceria nos meus braços, te mimaria por toda a noite. Sentaríamos de frente à lareira e planejaríamos nosso futuro, minha boneca. Ah! Tua pele tão macia faz-me falta, quero acariciá-la, quero beijá-la, quero morder-la. Não. Não te quero por um instante, nem por um minuto, muito menos uma noite que seja. Seria muito pouco para saciar o meu desejo. Cada minuto que passo sem te ter nos meus braços é uma parte de minha vida que não há significado algum, minha boneca. Sem ti meu coração só bate para bombear sangue. Só na tua companhia que ele bate para manter meus sentimentos vivos. Você costumava reclamar do pouco uso que eu fazia das palavras. É simples, nada que eu ousasse em dizer iria fazer-te descobrir o quanto eu estava encantado por tua presença, ali do meu lado. A única coisa que lhe transmitiria essa verdade seria o puro brilho que existia em meus olhos. Você estaria comigo agora se não desviasse tanto seus olhos temerosos dos meus. Olhos famintos de amor. Você teria sentido, você teria acreditado, teria se entregado. Será que a falta de amor vinha de você e não de mim, com costumavas jogar-me na cara? Eu é que fui o iludido da relação, eu é que sofri pela falsidade do coração alheio. Entendo-te, sabia. Você devia estar em guerra com o coração e a mente. Entre o sim e o não. Sei que se pudesse, escolheria em não fazer-me sofrer. Eu te conheço, garota. Mas o coração é intransigente e não respeita a consciência, atropela a razão. Mas, meu anjo, volte e devolva intacto meu choroso coração.

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