sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cacos de vidro, espalhados por todo o quarto. O vento faz os galhos da velha árvore baterem violentamente na janela. Não me surpreenderia se a janela quebrasse também. Que tudo se quebre, não ligo. Tentador esses cacos de vidro, pegar e cortar. Mas não, eu prometi, prometi para mim, pro meu coração. Se por dentro eu estava dilacerada não havia necessidade de me perfurar por fora também. A dor não sairia pelos rasgos junto com o sangue. As lágrimas se encarregariam de limpar minha dor interna. Para que eu fui jogar o vaso com os meus jasmins na parede? Que estupidez a minha. Mas uma noite de insônia em companhia dessas lágrimas, que eu chore até o raiar do sol. Quando a brisa da manhã entrar pela janela eu vou sorrir ao enxugar os rastros da última lágrima incomoda. Eu vou ter alívio, terei superado mais um dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário