sexta-feira, 25 de novembro de 2011

17 de setembro de 2011.

Minha paixão,

Cuidou de mim, guardou meu coração, me deu carinho, me deu seu amor todinho e resolveu tomar. Perdida e desolada, me vi sem rumo, sentei no chão da varanda e chorei, corri para a praia e gritei para o mar, pedi para que me levasse embora em suas ondas, pedi para dar um fim na minha dor. Nada aconteceu, o mar me ignorou completamente, virei contra o vento e orei a Deus, pedindo para que me abraçasse me levando para longe de toda aquela agonia. Nada aconteceu, só doeu ainda mais. Cansada, suja e molhada, voltei para a casa no calar do dia, passei a noite dentro da banheira, cogitando em te ligar, chegando ao fim da garrafa de vinho peguei o telefone e digitei teu número, telefone mudo não chama. Digitei teu outro número, esperei… esperei, você finalmente atendeu. Fiquei muda por alguns instantes, você não disse nada além de “alô”. Joguei o telefone contra a parede e chorei deitada no chão do quarto.
É por isso que lhe escrevo esta carta, por não poder ouvir tua voz, eu tenho certeza de que irei chorar e acabar dizendo bobagens. Eu sinto tanto a sua falta, eu sonho com o dia em que irá voltar, com o dia em que irá sentir a minha falta e virá aqui me resgatar.

Letícia Durães

Nenhum comentário:

Postar um comentário