sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aquela jovem alma de esperanças mortas, de sonhos destruídos e coração torcido, hoje já não chora mais, não mesmo. Uma pena ter se acostumado a andar de cabeça baixa, os ombros caídos e olhos assustados, vivendo com medo de ir até a esquina. Sentava e escrevia versos tristes, às vezes passava a tarde inteira descrevendo o que sentia, penso que gostava de chorar, sempre que a via estava com os olhos vermelhos e de rosto corado, quase que eu chorava ao lado dela. Menina boba, por que não me deixa te ajudar? Não podia nem mesmo chegar perto de ti, que já fechava a cara e dizia estar bem, saindo apressada, fugindo de tudo, sempre. Hoje, quando te vi na cafeteria, rindo e brincando, custei em acreditar que era tu mesmo que via, sorri junto com você, à distância, mas eu ri. Senti um pouco de inveja daqueles que te fizeram sorrir, juro que senti. Queria tanto ser teu riso, estar perto de você como sempre desejei estar antes, mas tu nunca me quiseste por perto. Talvez seja porque eu é que te fiz chorar, fui a tua primeira mágoa.

Letícia Durães

Um comentário:

  1. Oi =)

    Obrigado por visitar e seguir meu blog,
    vim retribuir e lendo alguns textos
    gostei do seu espaço e resolvi ficar
    aqui na sua lista de amigos. Abraço!

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